Para apresentar o principal sistema operacional da Apple, Craig Federighi voltou ao palco e começou sua apresentação destacando o novidades no Mensagens (Messages), que ganha uma gavetinha de aplicativos embutidos e finalmente terá as mensagens sincronizadas com o iCloud, todo o seu histórico é puxado da nuvem e tudo se reflete imediatamente em todos os dispositivos, algo esperado a anos, o espaço ocupado localmente é otimizado e tudo continua criptografado de ponta a ponta.
O Apple Pay agora, finalmente, oferece a possibilidade de transferência de dinheiro entre pessoas, que se junta aos sistemas de pagamento em lojas físicas e na web. O sistema é integrado ao iMessage, para que você envie quantias facilmente a seus contatos, e tudo é acessível por todos os dispositivos compatíveis.
A Siri ganhou um novo ícone e uma nova voz natural, ainda mais “humana”, ao menos em inglês. Além de receber um recurso de tradução, que funciona com uma série de idiomas. O framework SiriKit também está sendo expandido, e desenvolvedores poderão integrar a assistente a mais uma série de tipos de aplicativos, como gerenciadores de tarefas e mais. A Siri entende melhor o contexto, seus interesses e até como você usa o seu dispositivo, está mais inteligente, prevendo o que você quer fazer a seguir.
Melhorias chegam também ao app Câmera, um dos aplicativos mais importantes do iOS, considerando que os usuários tiram 1 trilhão de fotos por ano com seus iGadgets. Agora, os vídeos capturados pelo app serão codificados em HEVC em vez de H.264, trazendo até 2x melhor compressão com a mesma qualidade de imagens. Já as fotos passarão de JPEG para HEIF, com a mesma qualidade e metade do tamanho. O Modo Retrato tem aprimoramentos para fotos com baixa iluminação, com mais estabilização e HDR, e há uma API de profundidade para desenvolvedores.
O app Fotos foi também melhorado, com melhor organização e filtro de fotos, assim como no macOS High Sierra. Agora, em Live Photos, é possível editá-las e trocar o quadro (frame) para ser o principal; as fotos “animadas” ganharam novos efeitos e também podem ser transformadas em loops, transformando-as basicamente em “Boomerangs”. Na área de Memórias, o histórico de imagens é organizado de forma mais inteligente.
Já a tela bloqueada e a Central de Notificações passam a ser uma coisa só: quando o usuário desliza o dedo da parte de cima da tela, um espelho da sua tela bloqueada aparece com as notificações mais recentes; basta um outro deslize do dedo para ver as notificações anteriores. Com isso, a Central de Notificações em duas páginas também foi efetivamente eliminada.
O Mapas traz suporte aos mapas de shopping centers e aeroportos, com suporte a uma série de estabelecimentos nos Estados Unidos e alguns outros países neste início. O modo de navegação agora virá com alertas de limite de velocidade e guia de faixas. Também há uma nova interface dedicada aos usuários dirigindo, chamada de “Do Not Disturb While Driving” (Não Perturbe Enquanto Dirigindo), que detecta quando o usuário está dirigindo e, basicamente, desliga o telefone, mostra uma notificação avisando que o usuário não deve fazer aquilo e manda mensagens para usuários que tentem falar com você. Claro que você pode informar que não está dirigindo para desativar o modo.
O HomeKit vem com suporte a alto-falantes, podendo configurá-los pelo app Casa (Home) e sincronizando tudo pelo novo protocolo AirPlay 2, com áudio multi-cômodos. Você pode reproduzir músicas em toda a sua casa, e até pedir sugestões de músicas de quem está na sua casa com você; várias fabricantes de alto-falantes já estão se comprometendo com o HomeKit/AirPlay 2. A Apple TV também pode controlar a reprodução em dispositivos existentes que se comunicam com ela.
App Store
Quem subiu ao palco para falar da nova App Store foi Phil Schiller. Já foram US$70 bilhões pagos aos desenvolvedores e 180 bilhões de downloads feitos até hoje, sem contar re-downloads e updates – ou seja, sim, este é um negócio importantíssimo para Apple. Por essa importância toda uma redução drástica dos tempos de aprovação e um novo recurso de lançamento em fases, onde desenvolvedores poderão liberar suas atualizações aos poucos, para usuários selecionados geograficamente ou por outros parâmetros.
Pensando não só nos desenvolvedores, mas também no usuário final, a grande novidade da App Store é um visual totalmente novo no iOS 11, muito parecido com o Apple Music, títulos grandes, cartões coloridos e animações mais agradáveis.
Há uma aba chamada “Hoje”, atualizada todos os dias e que destaca as novidades na loja, trazendo ainda textos e dicas de como usar alguns aplicativos populares. Outra aba, denominada “Jogos”, destaca os games recentes na plataforma; uma terceira chamada “Apps” faz o mesmo mas com aplicativos “comuns”.
No geral, o intuito da Apple é deixar a App Store ainda mais atrativa para os desenvolvedores, colocando foco máximo na valorização do produto — e um exemplo disso é, por exemplo, a possibilidade de atribuir aos apps pequenos sub-títulos, descrevendo-os em poucas palavras para atrair atenção; outros recursos como reprodução automática de vídeos promocionais e destaque para compras internas (In-App Purchases) também devem agradar aos desenvolvedores.
Realidade Aumentada (AR)
Um grande salto no novo sistema com um novo API denominado ARKit, Federighi fez uma demonstração no palco com objetos virtuais integrando-se com a superfície de uma mesa capturada pela câmera, comportando-se quase como objetos reais em termos de realismo. Com o ARKit, segundo a Apple, o iOS será a maior plataforma de AR do mundo, e trará parceiros importantes como a IKEA, a Lego, a Nintendo e a Wingnut AR, criada pelo cineasta Peter Jackson.
O Developer Preview do iOS 11 está disponível, enquanto o primeiro beta público chega no fim do mês e é compatível com dispositivos com processadores 64bits.
via MacMagazine
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